quinta-feira, 2 de julho de 2009

três letras

sentir frio extremo ao voltar para casa. Já era noite, e tudo que eu queria talvez não passasse de uma cama e um celular com créditos. O frio do ar e o frio dentro de mim, congelavam, e o céu como sempre, incrível. Pássaros e o som de um barzinho. Folhas no chão e ar. Vento. Música e uma sensação que corrói, é o vento. É o inverno. Batendo no meu rosto e levando meus cabelos. Levando a ardência de vontade de chorar do meu nariz. E eu começo a rir. Numa melodia de capital inicial eu ouço e imito. Eu diminuo a velocidade dos passos, até parar em frente a minha casa. E ver o meu mundo de fora. Apago a luz, e só digito, deixo tudo tomar conta. Deixo que os sentimentos invadam as pontas do meu dedo e ignoro a tendinite. Porque é o que eu quero. E não é o destino que vai definir isso. Porque eu sei o que eu quero e sinais serão apenas ignorados. Porque eu quero fatos, realidade. Quero cacau. Quero as minhas provas e os posts que nelas estão. Quero conversas longas. E risos intermináveis. Quero mãos. ''I need breathe. I need breathe your smell''. Quero a sua pele e quero ser a resposta da pergunta que eu tanto penso em fazer.
Uma paisagem que marca. Pássaros voando em um céu mais bonito. Perto de um por do sol que brilhava mais. E o colégio da minha vida. Seguido de uma lua espetacular, de um céu com estrelas que não davam o ar de sua graça há um tempo. Ou meus olhos estavam embassados o suficiente para não vê-lás. E noites me encantam. Me surpreendem, me atraem. E luas, mesmo não sendo cheia, perfeita. Olhos que pedem descanso. Conversas que me dão nostalgia. E pessoas que me dão conforto.
E a escuridão que só é iluminada pela lua, pela lua e pela esperança. Pelo laranja do msn. Fechar os olhos e deixar a música tomar conta de mim. A música antiga. A música de verdade.
Para o fim dessa noite. Desse dia. Desse espetáculo. Desse sono. Ou será que é apenas um sonho? Que eu acordarei mais tarde. E vou repetir tudo, milhões de vezes, até decorar as falas que deveriam ter sido ditas e as coisas que deveriam ter sido feitas? Até eu me arrepender ? E se, quando eu acordar tudo mudar?
Seria medo então o nome de tudo isso. Sempre o medo, de algo. De alguém, de perder. Porque agora é tão bom e o amanhã está tão próximo. E uma lágrima escorrendo ao fim do post. O medo tomando conta de mim. O fim de uma música. Uma lágrima caindo e uma despedida.
bjs

6 comentários:

Léo. disse...

AMEI AMEI AMEI! Escrever assim, como fas/

encina el

Marcella Leal disse...

Amei!
sempre derramo lágrimas nos fins de musicas!

João Moraes disse...

Meu pai (sim, o que ganhou 15 mil em premio de literatura) falou que você escreve bem. Confesso que concordo. Beeeeijos!

Marcella Leal disse...

Vim ler de novo. Porque eu gostei de verdade, dessa vez to mais sensivel e chorei junto, porque eu também quero conversas longas e porque eu também tenho medo de acordar e tudo mudar.

Beijos de novo, post novo.

Debbys disse...

Nossa, meio triste, apesar de bonito... hehehe... ah, fikar assim, no escuro, só no PC, e melhor ainda, escrevendo no blog! Não tem como não ter inspiração.. xD
bjss

Anônimo disse...

O selo "Olha que blog maneiro" que tem lá no blog é teu :* http://laune.wordpress.com/