sexta-feira, 17 de julho de 2009

I miss Brasilia.

Pensei em mil maneiras de começar esse post, e talvez as outras 999 maneiras sejam melhores que essa, mas nada me detem diante de letras. As que tanto senti falta. Porque não me ocorreu nem por um instante que eu fosse precisar escrever passando duas semanas fora de casa. Então basicamente eu passei duas semanas editando esse post em meus pensamentos.
Talvez eu devesse narrar minha viajem, mas detalhes serão ignorados. E quase todos os fatos também. Foi boa e o resto, talvez eu comente depois.
O importante é que depois de passar duas semanas longe de tudo eu percebi que selecionar sua bagagem completamente ao viajar é impossível, e que por mais que você queria ficar desconectado desse mundo o tempo todo, a mente, o subconsciente e a bagagem não deixa. Porque dentro da sua mala vem um tantão de histórias de casa e uma boa dose de saudade que não pesam no aeroporto. E ainda tem aquelas internas que você ri e se sente sozinha,porque além de ninguém acompanhar o seu riso, todos te olham com expressões curiosas. E de medo as vezes. E a falta de sotaque também faz falta. A educação. E os clichês.
Claro que as vezes você precisa se afastar do céu mais perfeito pra ter noção do quanto as nuvens, o céu, a lua,a sua estrela, de quanto o sol faz falta. O meu sol, o meu céu, a minha lua. A minha estrela. E você também precisa de duas semanas longas e prazerosas longe de tudo para pensar. E fica mais fácil, porque você parece ter anos a sua frente e não tem compromisso pra amanhã e você não têm que ligar pra ninguém correndo pra falar o que pensou, você pode pensar mais e mudar de ideia, você pode explorar a sua individualidade. Olha que poético. Você pode lembrar quem você realmente é. Bom, nesse caso, eu pude lembrar quem eu realmente sou. Porque existem dois eu. Duas Brendas. Aquelas que todos conhecem, que é a amiga, a pessoa legal, chata, irritante, inimiga, aquela cheia de defeitos e qualidades. Aquela presente, em corpo. E existe aquela Brenda que as vezes eu esqueço que existe por me incorporar tão bem a personagem de corpo presente. A Brenda que ninguém conhece. Que é cheia de defeitos e que é omitida, sempre, desde suas raizes mais profundas. E eu lembrei que existia.
Por tanto tempo eu não me permiti cair, não me permiti desabar. Chorar, me abrir, externar. Por tanto tempo eu precisei segurar isso, e me apoiar. E sentir aquela ardência no nariz (apropósito, sou só eu que sinto isso ? :S) E dessa vez, tão longe de casa, tão sem motivo nenhum, depois de esquecer como se chorar. Eu desabei, em um quarto de hotel. Em um travesseiro que deve ter muitas histórias pra contar, em Fortaleza. Eu desabei. E eu não estava triste, pelo contrário, a felicidade se enraizou em mim nessas férias. Eu apenas precisava desabar e cair depois de não me permitir por tanto tempo. E eu me permiti dessa vez porque eu sabia que estava tão feliz que nada estragaria isso, nem todas as lembranças, nem desabar. Nada me permitiria perder a essencia que eu conquistei nessas férias. E foi, resplandescente.
Em um texto que de regras de pontuação segue apenas a minha respiração, em um texto que resume desde o dia 6 de julho, ao dia 17. Que narra brevemente Caldas Novas e Fortaleza. Aqui eu deixo minha memórias de férias. Minhas duas semanas. Minha felicidade sem tamanho e minha esperança.
p.s: vou ler todos os post agora.
p.s.2: senti saudades de todos vocês.
p.s.3:eu fui no insano, sim, estou orgulhosa, o que eu não fiz nos últimos meses?

1 comentários:

Jordana Felipe. disse...

Eu também sinto ardência no nariz quando quero chorar. *-* E eu concordo com você... Às vezes nós seguramos durante tanto tempo o choro, tentamos nos parecer fortes e imbatíveis o tempo todo, mas precisamos às vezes nos deixar cair, pra liberar tanta coisa guardada durante tanto tempo, por mais que as coisas saiam como queremos, precisamos nos molhar um pouco.. :)