domingo, 30 de agosto de 2009

Voar

Não é uma questão de força. É uma questão de impulso. De vontade. De força de vontade. Não é questão de querer, é questão de tentar. Não é questão de suportar. É questão de viver.
De ter alguém ao seu lado. Ou não. Você precisa de algo, de uma palavra, de alguém. Você precisa de pelo menos parte de você viva. Você precisa de esperança. E de amor, seja ele retribuído ou não. Você precisa aprender. E dar o braço a torcer. Você precisa ter uma paixão, um amor de verdade, um amigo para sempre, um irmão de sangue, e um ilegítimo. E de um platónico. Um amor platónico. Aquele que só faz você rir, pensar, pagar mico. Mas que também faz você ir as nuvens. Você precisa de uma matéria favorita. E inevitavelmente você precisa odiar algo.
Mas você não consegue viver incompleta pra sempre. Você tem que se achar. E tem que dar vida a sua parte morta. E parar de disfarçar. De mascarar. Você precisa sentir de verdade. E viver de verdade. Porque não se sabe mais o que é erro, a verdade ou a falsidade.
Você chega no final de novo, e se vê de mãos vazias, vazias e atadas. Com nós cegos. Acompanhada da palavra. Do algo. Daquilo que vêm a sua mente todos os dias. Aquilo que é a primeira coisa que você pensa ao acordar. E a última coisa que pensa antes de dormir. A razão dos seus sonhos. A chave da sua felicidade. O ''x'' do seu mapa. O seu tesouro.
Liberdade.
Segundos são poderosos. São capazes de destruir anos, dias, meses. Segundos podem abalar a todos. E estragar tudo. Pode tirar de você. Tudo. E todos. O tempo manda. Mas ele é só um personagem secundário. Porque quem decide de verdade é você. E tem todo o poder nas mãos.
Liberdade.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

shoul I stay?

Eis uma coisa que não pode mentir: o olhar. Atitudes mentem, palavras mentem, gestos, mentem. Mas não o olhar. Porque é mais que nós. É melhor. E é fora do nosso alcance, por isso, não mente.
Eu sinto falta dos olhares, do vento. De gente. O vento que sempre é tão puro, que vira poesia ao entrar aqui.
E eu continuo não sabendo quem sou eu, e numa busca desesperada por algo. Por alguém. Talvez não seja personalidade. Talvez sejam os momentos que me façam, talvez sejam os sentimentos que me definam, talvez sejam as pessoas que me definem. O tempo, o destino, a vida. Talvez essa seja eu. Isso seja eu. Não alguém, ou adjetivos. Nada mais a oferecer. Só mais uma influencia, mais uma alienada. Talvez sejam assim a maioria das pessoas. Talvez eu seja só uma em um milhão. Tão igual. E tão diferente. Tão única. E só mais uma.
Sinto o mundo se fechando. Sufocando. Falta de ar. Se esvairando. Vazia. Tão vazia. Me sinto só. E feliz. Risos que são lançados e aguardam, esperançosos, ver se serão fixados. E são. Mas afinal esse não é o meu objetivo. E talvez eu tenha me perdido na objetividade. No caminho traçado por mim mesma.
E novamente, eu não sei mais qual é o meu caminho, ou onde estou, nem com quem. Mas sei o meu objetivo. Também ainda não descobri quem sou. Mas afinal isso não é mais um empecilho. Não há mais tempo para perder. Nem para parar e pensar, ou tentar me encontrar. É só ir em frente, talvez um dia eu esbarre com a Brenda.
bjs

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

I'm looking for

Eu sinto falta de escrever. De escrever aqui. Mas é difícil escrever quando você não sabe de que lado está. É difícl escrever em uma fase de transição. Quando não conhece a si mesma como antes. Quando não se tem tantos ideiais. Ou objetivos. Fase de mudança. De crescimento. Fase de percepção. Uma fase em que olhar a hora repetita se tornou um vilão. Uma fase em que escutar música e ficar sozinha são meus melhores amigos. Uma fase em que as desculpas trocaram de lado. Fase de verdade, de solidão.

Uma fase de liberdade. E o que eu quero é sair e andar. Ouvir música até meus ouvidos doerem, sentir o vento atravessando meu rosto. E ignorar certas coisas. Ignorar o que não me faz bem. Quem não me faz bem. Porque expulsei todos do meu lado. E estou só nessa fase.
Por escolha própria. Por necessidade. Por felicidade.
Passar o dia lendo. Escrevendo. Ouvindo. Passar o dia em silêncio. Ou cantando. Com aquela voz podre que seria humilhada no American idol, só por prazer, só por diversão. Vendo fotos. Lendo palavras. Doces e suaves. Palvras tão bonitas. Palavras me fazem chorar. De emoção. Devoçao. Mas é só uma fase de transição. Boa, e diferente. E eu sinto falta de antes. De quem não me faz bem, do que não me faz bem. Masoquismo. Adoro.
bjs