quarta-feira, 22 de julho de 2009

"Eu não sei o que eu to fazendo mas tenho que fazer"
Ouvindo "Eu nunca disse Adeus", música que raramente ouço, apesar é claro, do nome do blog. E as vezes é isso que eu faço, eu me poupo das coisas boas, das coisas que eu gosto, por falta de tempo, por esquecimento, por whatever. Eu paro de ouvir as doces melodias de Capital Inicial que tanto me encantam e definem. E não sei por onde começar. Estou sem motivo, sem preparação. Nua e crua, simplesmente com a vontade de escrever. Aquela vontade que tanto me persegue o tempo todo, e que é como uma irmã, que as vezes é insuportável, mas que em hipótese alguma sairia da minha vida com permissão e sem um bocado de lágrimas. Palavras são tudo o que eu tenho. São só o que eu tenho.
E pode até ser que eu me esconda atrás delas. Mas elas são minhas, e dái se eu me esconder? Não seria a mesma coisa de me esconder na minha casa? No meu quarto? Nas coisas que são minhas? E não é a minha vida? Então a decisão de me esconder ou não, é minha. E do que fazer com as minhas palavras também. E cada um faz o que quiser com suas palavras e com a sua vida que eu vivo muito bem com as minhas.
Minha cabeça cantarola junto com a música, agora já trocada. Meus olhos observam a frequencia com que a janela do msn pisca e meus dedos buscam letras, buscam lógica, buscam algo, buscam palavras. Meus dedos buscam o que minha mente já não sabe. Eles ansiam por novas palavras, mas meu cérebro já não tem nada a oferecer. Nada de novo. Só o velho, o comum, o conhecido. E isso definitivamente não é suficiente, não é o que eu quero.
A leitura de amanhecer me tirou da realidade, me tirou de tudo. Até suas últimas palavras. Até o tão evitado ''fim''. E agora vem o vazio, a saudade. De ler e de escrever, e esse é provavelmente o motivo de eu estar aqui, escrevendo nada com nada. A procura de ideias, de palavras, de pensamentos. Mas eles se escondem de mim. Ele fogem. Correm cada vez mais rápido e meus dedos já não aguentam correr tanto, eles cansam e me pedem pra parar, para descansar, mas sabem que caso isso aconteça, não voltarão a procurar. Eles estarão cansados o suficiente para ficar felizes parados. E agora a angústia do cansaço não vencer o medo e a vontade de continuar é o que existe e vaga pelos meus corredores. Por mim.
E eu sinto muito por ti, sinto que tenha que ser tão ruim. Sinto que tenha que estar só. E sinto mais ainda pela culpa disso ser minha. Mas como eu disse, você só não sabe, mas não está só. E tomare que não me odeie. Tomare que tudo dê certo. E que tudo volte a ser como era antes. Que tudo volte a ser como deve ser.
p.s: Feliz aniversário Léo!
bjs, bjs.

5 comentários:

Debbys disse...

palavras, palavras, palavras.. oq seria de nós sem elas?? às vezes tbm me bate uma vontade de escrever assim, cruel de tão forte.. xD
bjusss

Jordana Felipe. disse...

"Palavras são tudo o que eu tenho. São só o que eu tenho.
E pode até ser que eu me esconda atrás delas. Mas elas são minhas, e daí se eu me esconder?" +1
Palavras resumem (ou não) tudo que nós queremos, até mesmo com uma só delas, já conseguimos transmitir o que queremos... E eu, eu só sou boa com palavras.

Jess disse...

wow! Adorei o texto! "Palavras são tudo o que eu tenho. São só o que eu tenho." Não consigo imaginar o mundo sem elas, tão preciosas...

Janaína Morais disse...

Nossa! As palavras podem transformar a vida de alguém.As palavras certas nas hrs certas fazem milagres..
Gostei do texto..

Beijo.

;)

Henrique Miné disse...

ooooun *-*
que bonitinho, haha.

"mas meu cérebro já não tem nada a oferecer..."

Sabe, o cérebro geralmente não ajuda mesmo, não a mim. Não uso ele para escrever, os textos simplesmente vem, quando estou no onibus, tomando banhos, a qualquer momento, os textos começam a se formar, e a unica coisa que tenho de fazer é lapida-los.
cérebro não presta. =x

Beeeijos.